A Base Integrada de Segurança Pública (Bisp), projeto estratégico da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que está sendo desenvolvido pela Prodemge com o uso de metodologias ágeis, iniciou seu funcionamento no dia 18 de junho. O objetivo é reunir, em uma mesma infraestrutura de big data, as diversas bases de dados dos sistemas de informação da Sejusp, das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
O Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), pelo fato de ser utilizado por todos os órgãos de segurança pública, está sendo o primeiro sistema a ter seus dados incluídos. Foram três sprints concluídas até o momento, incorporando os dados de ocorrências, envolvidos, veículos, recursos, armas de fogo, materiais e armas brancas, cheques ou cartões, documentos pessoais e autos de resistência.
A estimativa inicial é que a base integrada alcance dez terabytes de armazenamento quando o escopo inicial do sistema tiver concluído a inclusão das informações de oito sistemas estaduais de segurança pública: CAD, CAD Web, Sigpri, Infopen, PCnet, SIP, Infoweb, Infoweb Trabalho, além do Reds.
Esse grande volume de dados é uma das principais características da tecnologia big data. E por causa da infraestrutura projetada, que garante uma maior capacidade computacional, a arquitetura pode crescer horizontalmente, sem prejudicar a celeridade na criação, geração, produção e acesso dos dados.
Leomar Moreira (GSM), scrum master do projeto, explica que um comitê técnico é responsável, entre outras funções, por validar cada dado que está sendo inserido. Isso significa que o grupo, formado por representantes da Prodemge e de todos os órgãos envolvidos, define o tipo de liberação de acesso que o dado terá, já que a proposta da Bisp é democratizar o conhecimento e disseminar a informação entre os diversos níveis da organização.
Além do comitê técnico, o projeto possui mais duas instâncias de governança: o comitê de acompanhamento da execução dos contratos e projetos; e o comitê diretivo, composto pelos dirigentes máximos das entidades e que fornece as diretrizes estratégicas da base.
Outro benefício da Bisp é a autonomia, garantindo aos seus usuários a conexão ao cluster, de forma que eles possam utilizar suas próprias ferramentas de análise para criar painéis e dashboards. Isso habilitará os órgãos para fortalecerem dentro deles uma gestão data driven, em que a tomada de decisão é baseada em dados. “E, futuramente, será possível aplicar algoritmos de inteligência artificial, mineração de dados e aprendizado de máquina”, detalha Leomar.