O Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf) da Secretaria de Estado de Saúde (SES) está sendo reescrito pela Prodemge, que colocou o primeiro módulo do novo sistema em produção no mês passado. O objetivo do trabalho é evoluir essa importante ferramenta do governo de Minas para melhorar a gestão da saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde no estado.

Segundo explica a gerente de Sistemas de Saúde e Previdência da Prodemge, Janaina Souza, o Sigaf foi desenvolvido por um fornecedor da SES e está em funcionamento desde 2009. Sete anos depois, ele foi absolvido pela Prodemge e, desde então, está sendo mantido e sustentado pela Companhia. Por meio dele, a secretaria e sete mil estabelecimentos no estado realizam mais de 50 mil dispensações de medicamentos por dia, e fazem também a gestão de insumos e o planejamento, controle e distribuição do estoque.

O Sigaf conta ainda com integrações com sistemas do Ministério da Saúde para envio de informações ao poder executivo federal e com o MGapp, o que permite aos cidadãos mineiros conhecer a disponibilidade de medicamentos e agendar a abertura de uma solicitação de medicamento especializado, por exemplo.

Para modernizá-lo, a Prodemge decidiu reescrever a ferramenta, utilizando tecnologias mais atuais. Por causa disso, o sistema legado e o novo Sigaf funcionarão conjuntamente até que todo o projeto esteja concluído. A primeira entrega, colocada em produção no dia 14 de abril, foi referente à autenticação e gestão de usuários, como conta Janaina: “Utilizamos o Sistema de Segurança Corporativo (SSC) para essa função. Quando a pessoa faz o login no novo Sigaf, ela consegue automaticamente acessar o legado e as funcionalidades que ainda estão sendo executadas nele”.

A próxima entrega, referente ao módulo de dispensação do básico e estratégico, já está em andamento. Essa definição sobre a ordem em que o sistema será reescrito está sendo conduzida pela SES, devido ao tamanho e à complexidade do projeto. Depois da análise sobre quais funcionalidades de cada módulo devem continuar existindo no novo Sigaf, a equipe da Prodemge utiliza os ritos da metodologia ágil para reconstruí-lo.

O projeto também englobou a evolução do layout e da usabilidade do sistema. Para a arquitetura, foi desenhada uma estrutura similar a que está sendo utilizada na modernização do ecossistema de TI do Ipsemg, em que a camada backend foi construída para trabalhar como serviço, por meio da MGapi, e capaz de conversar com diferentes tecnologias que possam ser usadas no frontend do sistema.

“O projeto como um todo é um grande desafio. Além de estarmos trabalhando com o estoque de medicamentos para os 853 munícios de Minas, um tema sensível e que afeta diretamente a vida do cidadão, precisamos garantir a integração com o legado e a boa comunicação e performance do novo Sigaf, para que a população receba um serviço de qualidade”, conclui Janaina.